10.15.2011

Small illusions, big disillusions


Ele saiu da minha vida, fechando a porta atrás de si.
Deixou-me caído no chão, alagado em lágrimas dolorosas que ferem os meus olhos como diluente sobre a pele áspera e gretada pela tristeza e pela mágoa.
Sinto um aperto no peito, que me impede de respirar calmamente, asfixiando-me como um véu de puro medo e pouca vontade de continuar o que tantas vezes foi construído e destruído.
Relembro as suas palavras, cruzadas com as minhas, gritadas e berradas, que circulam vivamente na minha mente, como um pequeno pássaro aprisionado numa minúscula gaiola.
Desfaz-se a magia, acaba-se a ilusão. O pano recolhe e o bom actor revela-se.
A desilusão apodera-se de mim, dominando-me como uma marioneta. Digo coisas que não queria, faço coisas que não faria. Sou um mero pedaço de vida apagada, dominado pela dor de um coração partido.  
O seu perfume ainda vagueia, entre o meu, avivando-me e relembrando-me dele, quando tanto faço para o expulsar, daquilo que ele nunca mereceu; o meu coração.
Procuro escapar de tudo, e pensar que está tudo bem, mas o meu corpo ainda o procura, como uma droga anestesiante que me faz novamente, acreditar nas ilusões de um futuro promissor, com toda a ingenuidade que sempre acreditei desde o começo, porque, só no final eu consegui entender, que tudo o que eu havia rotulado como perfeito, não passou de uma simples e pouco elaborada, ilusão dos meus olhos.  

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