1.01.2012

Sea of ashes


Eu vejo a vida a afogar pessoas inocentes a todo instante. Inundando a sua alma com ondas frias e salgadas. Ensopando os seus corpos, consumindo seus dias, roendo os seus ossos. É tão fácil e simples, encontrar e perder pessoas no mesmo instante quando não se está na mesma e maldita sintonia. É tão fácil encontrar pessoas que não te compreendam, pelo simples fato de não compreenderem elas mesmas. Na verdade, acredito que quase todas as pessoas do mundo não se entendem e estão em constante conflito com as almas penadas que lhe crava as unhas nos seus interiores apoderando-se do que sobrava de uma tentativa de vida razoavelmente boa.
Buscam, caminham... Sempre naquela linha que todos criamos na nossa cabeça.
Sem vida, sem escolha. Somente erguidos pela dor de um corpo cinzento onde os pássaros voam livremente nos olhos do céu escurecido pelos tempos difíceis que se adivinham.
Seria tão mais fácil se tudo fosse como pintar um quadro abstracto onde poderia despejar latas de tintas de todas as cores contra a vida de quem precisa; contra a minha vida. Seria bom no fundo, saber que qualquer mera mancha colorida não será lavada e deslavada pela água da chuva até, novamente tudo se tornar cinzento, na minha e nas outras tentativas de vidas.  

2 comentários:

  1. Passo hoje correndo,
    mas volto com calma pq aqui é muito
    lindo e quero conhecer
    cada texto seu.
    Sou editora do Espelhando,
    espero voce por la.
    Linda semana para nós!
    bjins

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