É durante o segredo da noite que me provocas, que com esse doce olhar me seduzes enquanto cantas aos meus ouvidos os versos que me prendem como cordas, aos lençóis que me envolvem.
Compões as canções dos meus sonhos, de te tocar de longe.
Como uma traça que circula na noite despida desejando o calor da lâmpada, a minha pele te aclama... Pede que atravesses esse elo distante que nos separa, que te cerca e te aprisiona... Esses olhos afogados em fogosa paixão que sorriem ao meu lado, mas não me permitem tocar-te.
Pois a tua boca boceja o meu gosto, que daqui salivo, olhando-te de perto bem longe.
Esses teus passos que me torturam, de toda a vez que longe vou, mais perto fico. E, não há nada tão bonito quanto o som daquele teu velho olhar, na sombra escura, que provoca o teu próprio riso.
E num passe, distorce... Esconde. Corre. E, quanto mais longe vais, mais perto ficas. Permaneces. No gosto do riso das canções que me reflectem, ao passo que minha pele crua, ainda espera a hora, do teu doce toque, pois arde-me o peito em chamas, impaciente pelo momento em que entre o eu e o tu, não existirá qualquer barreira.
Que bom que voltaste a escrever :)
ResponderEliminarAcho que o amor é a pior doença que alguma vez inventaram.
ResponderEliminarUm óptimo texto, dré.