tag:blogger.com,1999:blog-37771402989380760042024-03-13T03:28:46.133+00:00Relógio sem PonteirosAndréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.comBlogger54125tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-71336849968358190662013-04-28T17:33:00.002+01:002013-04-28T17:33:52.160+01:00Don't talk with the fox about the secrets that your eyes say.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitCTgrCtOvBGJ91K5f9SX-7egiXAuM5A0o11FKrwh9ZA7lQhITZVAsJ0ZaxsLBfUu3fQGOH4WLwpKN-M_yj9k4yc37oIOAa_hpIGHySUmXfceMnNdEeFKMuc4FOzwNKrxAWcGEkzWikFQ/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitCTgrCtOvBGJ91K5f9SX-7egiXAuM5A0o11FKrwh9ZA7lQhITZVAsJ0ZaxsLBfUu3fQGOH4WLwpKN-M_yj9k4yc37oIOAa_hpIGHySUmXfceMnNdEeFKMuc4FOzwNKrxAWcGEkzWikFQ/s400/large.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<br />
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Gargalhadas afastam os bichos necrófagos de comerem o que resta de mim quando todos se limitam a ignorar o que dentro deste corpo não pára de bater impulsivamente, descontroladamente. Álcool sobre as feridas em sangue parece cócegas quando comparado à dor de um coração despedaçado. Eu bem que sei disso mas mesmo assim umas quantas vezes não chegam para adormecer a desconfortável e insatisfeita esperança de sentir um calafrio nos dedos; Quem mo fará sentir, depois do nascer de um beijo verdadeiro? Vontade não falta, de me atirar ao chão e rasgar as cortinas que escondem o meu melhor e o meu pior. Ser fraco às vezes poderia ser uma sorte quando o coração palpita dorido e mesmo assim não desiste de amar os pássaros que fazem ninhos nos meus bolsos sem fundo onde se espalham e se perdem tantos sentimentos vividos e esquecidos quantas estrelas os céus românticos de verão têm. Pessoas que entram na minha vida, que julgam, que encantam, que mentem, que enganam e no fim partem sem dizer adeus quando suas as malas pareciam ser parte da decoração habitual e desajeitada. Apenas sinto falta, da estúpida inocência e dos tempos que as coisas pareciam ser boas, sérias e verdadeiras e se desenvolveram para nada mais que noites de angústia mal dormidas, umas lágrimas caídas e uns suspiros levados, sabe o vento para onde. Só sinto falta de sentir algo, bom ou mau… Algo que apenas me fizesse sentir vivo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com142tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-79058895424720114812013-04-19T19:37:00.000+01:002013-04-19T19:37:54.516+01:00My fairytale without you.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsTydn8H2f8EItmnfY-QWIn6uy4al33IFe7MOCBE6I22pZLxII3uoPVJOv-G2nspiDvjklX9OnPuX8Q5JUSzil27Ign7QpebwA_m_eLHMjQUq7GDyLMCrrLZ4h1ruXrIIkxNK0g-wFwdM/s1600/tumblr_lxtdj4p8k31qealv6o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsTydn8H2f8EItmnfY-QWIn6uy4al33IFe7MOCBE6I22pZLxII3uoPVJOv-G2nspiDvjklX9OnPuX8Q5JUSzil27Ign7QpebwA_m_eLHMjQUq7GDyLMCrrLZ4h1ruXrIIkxNK0g-wFwdM/s400/tumblr_lxtdj4p8k31qealv6o1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
As coisas mudaram. Novamente encontro a minha vida a dar cambalhotas na grama orvalhada pelas manhãs frescas de Abril. Parece que me encontro preso num déjà-vu onde tudo sempre se torna igual e tem obrigatoriamente o mesmo final triste e amargo que tanto magoa. Sinto os olhos humedecidos e aquela tão vulgar sensação de querer ouvir músicas tristes enquanto a mente dança com o espírito e ficar no meu canto enrolado entre as mantas com a cabeça pousada nos joelhos à espera que tudo passe. À espera que a tempestade se afaste e de novo os raios de luz trespassem as espessas nuvens cinzentas. Inevitavelmente, sou crescido o suficiente para saber que a cabeça sobre os joelhos feridos das quedas que a vida causa, e os braços cruzados não vencerão qualquer luta ou desafio. Quando tudo parece que vai ficar bem estala o verniz e tudo desmorona como um castelo de cartas. Abafo-me nos lençóis frescos, humedecidos pelas lágrimas. Procuro conforto de quem não me dá enquanto sinto os olhos turvos, inundados em água salgada que me escorre pelo rosto todas as vezes que leio as coisas bonitas que escrevi e decorei. Borro o carvão sobre o papel. Dissolvo na tristeza os planos de uma vida perfeita e apago o que restava dum coração sonhador com esperanças no amor porque agora eu sei, melhor que ninguém, que venha quem vier o final sempre será o mesmo com mais ou menos lágrimas escorridas no rosto e noites mal dormidas. Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com117tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-7624764624441385432013-04-16T16:46:00.000+01:002013-04-16T16:46:29.911+01:00Dreams came true?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/18817183/tumblr_lurcyapgdo1r6s66vo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="http://data.whicdn.com/images/18817183/tumblr_lurcyapgdo1r6s66vo1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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Mergulho o velho pincel, ainda tingido de cinzento nas sardas espigadas e mal tratadas, levando um pouco de cor ao que parecia triste e apagado. Misturo entre as linhas rabiscadas e os esboços borrados de carvão uns quantos salpicos de vida, de felicidade e de sonhos, como quando, na mais densa escuridão da noite se descobre entre as nuvens chuvosas algumas estrelas apagadas e abafadas pela neblina que insiste destruir o que de belo e mágico pode haver para dois olhos entristecidos contemplarem. Entrelaçam-se os dedos. E se as estrelas esta noite fossem de açúcar? Deslizo entre o azul e o escarlate. O meu coração de novo palpita e os meus olhos novamente tentam disfarçar o estranho brilho que os invade fugazmente. Deparo-me com o sorriso cravado no canto da boca, com as estranhas cócegas no estômago. Um novo traço se adivinha entre as linhas cinzentas do passado, que a ninguém encantam. Numa suave valsa, entre o pincel e a tela, entre o azul e o amarelo, pinto sentimentos vividos, palavras beijadas e gestos petrificados no tempo e no meu pensamento que insiste em não esquecer. Não há muito de bonito para contemplar, e esta noite talvez as estrelas não sejam de açúcar no entanto, dentro de mim sempre haverá o desejo constante, o sabor amargo e vibrante de quem quer sentir-se preenchido mesmo que, tal como o desenho rabiscado que aspira um dia ser quadro, tudo também não passe de ser somente, um doce sonho imaturo e colorido...</div>
Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com116tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-79852257392765002602013-04-13T20:26:00.000+01:002013-04-13T20:26:55.638+01:00Come Home<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUdzOIxZBwJmlIkAp_FXDLyOZrFUOf-qPzGqIiW7eUtNHke-aDL_GZuWgZ9Lj1fqZfGWyMO4f6_kY_8bI_fAo2B8C-2iOCgADThuPsUfJYSo206lv0-CadSp2vROkW1mCM7yirFrvqzHk/s1600/tumblr_mjvxnwYwkn1qhg067o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUdzOIxZBwJmlIkAp_FXDLyOZrFUOf-qPzGqIiW7eUtNHke-aDL_GZuWgZ9Lj1fqZfGWyMO4f6_kY_8bI_fAo2B8C-2iOCgADThuPsUfJYSo206lv0-CadSp2vROkW1mCM7yirFrvqzHk/s400/tumblr_mjvxnwYwkn1qhg067o1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: -webkit-auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst">
<div style="text-align: justify;">
Eu queria pedir desculpas. Queria conseguir erguer a cabeça e deixar as
palavras escorrerem de dentro de mim, com toda a sinceridade que o puro
arrependimento pudesse provocar algures num fraco e covarde ser humano com pouco carácter. Persegue-me o remorso que me tira o sono. Esses olhos tristes, humedecidos
pelas minhas atitudes; As minhas atitudes, que sempre achei correctas e me
orgulhei. As minhas atitudes que sempre afirmei serem um molde exemplar para os
que perderam a boa educação em algum lugar ou pelos que simplesmente nunca tiveram a sorte de a ganhar... Parece que perdi a minha algures também; Parece que sou tão igual aos
demais quanto as nuvens cinzentas que escondem o sol num dia chuvoso de
Janeiro que se afasta enquanto o vento te acaricia o rosto, nas horas mortas que passam sem dar conta. O teu sorriso apagado tortura-me. Evito pensar, mas essa pedra no sapato
impede-me de continuar nos caminhos que procuro e não acho. Estendem-se as estradas à minha frente mas todas me levam em teu encontro e novamente se arrepiam os braços de sentir a tua respiração pesada, completa em tristezas quando antes era leve, suave e meiga como a brisa da Primavera. Sinto-me aterrado; Aterrado não só por dizer o que disse, fazer o que fiz e
pensar o que pensei, mas também pela minha cobardia, pelo medo que eu tenho de
me aproximar e encontrar o que não quero sentir novamente na flor da pele, murcha pelo desgosto. De colocar sobre a mesa as minhas cartas quando és tu que tens os trunfos.
De perder o jogo. De ganhar quem sabe mais um, na minha colecção de estilhaços
de corações partidos e concertados pelo tempo. Queria-te de volta novamente. Recomeçar do zero e esticar-te a mão mas a tua voz continua a surgir na minha mente como um fantasma do
silêncio. Passas por mim e a tua cabeça continua baixa, escondendo o olhar afogado em desilusões
que eu plantara na varanda, junto das túlipas mortas pelo arrependimento. Dentro de mim surge a fogosa raiva por quem te magoou. A fogosa raiva que me consome e me queima, até que o que resta dessa covardia se converta em cinzas de arrependimento que, como o ditado diz, mata.</div>
</div>
Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com110tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-31728678423534418472013-04-12T16:20:00.000+01:002016-08-09T00:00:16.585+01:00The sunset in my hands<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKY7K3wmGfogxxWcIesy2k191wbU5ptmd8EOvMBdQYwPm1NXjKsOeWWmoEAzeWmA3L_JvIxmlKT3cgqTK6iFFCxlRErI4SF_KwoMdVVj7EkybaJyeSbvisGnD0SZv-KoJ4p55U01M9Hsg/s1600/644163_416617505096747_735756004_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKY7K3wmGfogxxWcIesy2k191wbU5ptmd8EOvMBdQYwPm1NXjKsOeWWmoEAzeWmA3L_JvIxmlKT3cgqTK6iFFCxlRErI4SF_KwoMdVVj7EkybaJyeSbvisGnD0SZv-KoJ4p55U01M9Hsg/s400/644163_416617505096747_735756004_n_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os dias de sol voltaram,
aquecendo a melancolia congelada há muito dentro de mim. Às vezes não sei o que
pensar, dizer, sentir. As semanas tornam-se um turbilhão de confusões que não
levam a lado algum. Estou cansado de pensar, de fazer tudo certo. Doem-me os
pés de percorrer sempre os mesmos caminhos mais longos e seguros. Hoje apetece-me
arriscar. Correr na corda-bamba e cair, sem medo algum de ensanguentar os
joelhos. Chorar e rir, sem me preocupar e continuar até me cansar. Puxar-te para a chuva e dançar no meio da estrada, mesmo que os vizinhos nos vejam. Apetece-me
beijar o vento, provar-lhe o gosto áspero da Primavera e esperar que ele to
entregue a ti, e assim, galgaríamos os oceanos juntos atrás dos sonhos e da felicidade
que sempre quisemos e merecemos. Porquê ser racional e complicar? Apenas hoje,
enquanto brilha forte e quente o sol, dar-te um beijo de impulso. Moldar os
meus lábios aos teus e entrelaçar os dedos numa carícia. Dizer coisas tolas e prometer-te
amar-te para sempre, mesmo que estivesse longe de o saber ser verdade. Olhar-te nos olhos, estender-te uma cerveja e sorrir-te, despido de inseguranças e receios. Pegar-te ao colo e levar-te comigo para o telhado, aninhar-te nos meus braços e roubar o pôr-do-sol, para que sempre que quiséssemos revivermos o nosso momento.Só hoje,
seria o suficiente para escapar desta enfadonha rotina, desta vida de adulto
precoce e dizer, talvez demasiado precipitado que te amo… <o:p></o:p></div>
Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com111tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-85900171837831518352013-04-03T16:43:00.000+01:002013-04-03T16:43:24.623+01:00The old Country without hope<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjVoC5fMPh6tShuI38ht5q0Pa8mYpufIpBiZQixg7No7kIshA-vRA5q5IMFnp9FR8szzevkL3_XcG6cABk5lv-Rex0wm7YBumFYrmH0x-H0d3-Emule8XDAVLT0M35Ax2pwjOfHMHodZ4/s1600/tumblr_mkooqg3An31s9dd4eo1_500_large.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjVoC5fMPh6tShuI38ht5q0Pa8mYpufIpBiZQixg7No7kIshA-vRA5q5IMFnp9FR8szzevkL3_XcG6cABk5lv-Rex0wm7YBumFYrmH0x-H0d3-Emule8XDAVLT0M35Ax2pwjOfHMHodZ4/s400/tumblr_mkooqg3An31s9dd4eo1_500_large.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cai calma a manhã de quarta-feira,
quando o silêncio rodopia na sala vazia amarrotando as folhas dos jornais
rabiscados que me cansei de ler e folhear, página a página, saboreando cada
palavra amarga que dita as piores condições para este pequeno país onde um dia
tive esperança. Agora entendo o que diziam sobre ser adulto e como lamento ter
perdido aquela ingenuidade de não entender tão cedo. Roubam-me os sonhos e os
meus pequenos planos, aquelas notícias que há muito não são boas. Ainda alguém
as lê? Provavelmente sim, os poucos que ainda acreditam em melhorias e
oportunidades de poder começar a vida… E era só isso que eu sinceramente
queria: uma oportunidade. Pouco me lembro da última vez que senti progresso na
minha vida e entristecem-se os olhos e a alma ao pensar nas probabilidades tão baixas de vir a acontecer. O
que vai ser da minha vida? Dou por mim a perguntar-me vezes e vezes sempre que
desespero entre os anúncios a que não tenho resposta. Fecham-se portas mas não
se abrem janelas e apenas a escuridão e a incerteza ficam. Não é por falta de
tentar, de lutar e de me esforçar, é simplesmente porque infelizmente deixou de
haver oportunidades neste país para aqueles que pretendem levar uma vida honesta.
Pergunto-me que possibilidades tenho,
quais caminhos posso seguir ou traçar, mas sem oportunidades não há esperança
nem há respostas e aqui não há mais espaço para crescer, para viver ou para sonhar
neste pequeno país que em tempos fora grande. Vejo à minha volta os outros partirem, de malas às costas para além dos horizontes que nunca passei. Asfixia-me o peito de pensar deixar para trás aqueles que mais amo e por momentos corre reboliço dentro de mim aquele medo e aquele pânico, como se o mundo selvagem lá fora me fosse devorar.<o:p></o:p></div>
Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com108tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-32523922964435132062013-03-25T15:21:00.000+00:002013-03-25T15:21:53.846+00:00Be Human<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTvkcyURcjMfB96BMZx3F4LbbzrfcoT_8Q1Lb1IyKzNlaiziTOYiKcqYnXFuSf65gao5J2eVvi6i_H0A7lkVlWQB9QhiptgTIKaJ_UpItIRfSZCpolm31hn0FdeyoC_TFLe0dyck-WGFc/s1600/tumblr_lg7p36v5h51qg2txzo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTvkcyURcjMfB96BMZx3F4LbbzrfcoT_8Q1Lb1IyKzNlaiziTOYiKcqYnXFuSf65gao5J2eVvi6i_H0A7lkVlWQB9QhiptgTIKaJ_UpItIRfSZCpolm31hn0FdeyoC_TFLe0dyck-WGFc/s400/tumblr_lg7p36v5h51qg2txzo1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sopra forte e frio a brisa de Março, quando a Primavera se
espalha na paisagem salpicando de cor cada detalhe e pormenor que da minha
visão sempre escapa. Pudesse essa Primavera salpicar também os dias cinzentos
em que te escrevo sobre o significado que tem para mim o teu olhar cor de mel,
o teu sorriso abafado e o teu subtil odor a cigarro apagado de fresco. Dias que
te escrevo, com a chuva a bater na janela, as mais inocentes cartas de amor que
nunca te enviei. E é nessas cartas que te conto tudo o que comigo se passa.
Todos estes medos e inseguranças que me corroem como um veneno que me afoga na
mágoa solitária existente dentro de mim, como uma doença que me impede de ser
feliz. Pudesses tu entender do que te falo, sempre que te escrevo as mesmas frases
direitas por linhas tortas e compreender cada medo mais frágil e humano que me completa.
Porque são estes medos que me fazem dizer as coisas que não quero nas horas
mais difíceis, sempre que te quero abraçar e as pernas trémulas impedem de
avançar até ti. Quantas vezes não pensei fazê-lo, naquelas noites de insónias que te procuro ao meu lado e não te encontro. Pudesse eu controlar esta covardia selvagem e indomável e
deixar que então essa Primavera salpicasse também os dias cinzentos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com101tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-65661639571411405172013-03-23T14:00:00.000+00:002013-03-23T14:01:50.433+00:00The journey that we make alone<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQU4Zx_S_8Oukz8hZj_zF_YwQTLSJY7bQlg5QV-4Er6TT2bYBHBAQKBPy4LOQSx6f0oiV1Ejcuww7HTtRQf6bCqRLHegIWwgTOdf_0EiwRwvRHpIRkR-4AJFBGv69RfKcG0d18fLfSWpc/s1600/tumblr_mjr81vX5tR1rah6a4o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQU4Zx_S_8Oukz8hZj_zF_YwQTLSJY7bQlg5QV-4Er6TT2bYBHBAQKBPy4LOQSx6f0oiV1Ejcuww7HTtRQf6bCqRLHegIWwgTOdf_0EiwRwvRHpIRkR-4AJFBGv69RfKcG0d18fLfSWpc/s400/tumblr_mjr81vX5tR1rah6a4o1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify;">
Ter-te deixado pode ter
sido o meu maior erro mas pareceu-me a minha melhor decisão…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
Simplesmente não podia
ignorar todo um passado de discussões, imaturidades e brigas que nunca levaram
a lado algum. Não podia esquecer as coisas que foram ditas e os sentimentos
negativos que foram causados, muito menos secar as lágrimas que causamos um ao
outro por pura infantilidade. Tínhamo-nos garantido na vida um do outro, e agora
que penso de cabeça sóbria e fria sobre o assunto, terá sido essa a nossa
realidade que nos levou a dizer o que queríamos e pensávamos sem se preocupar perder.
Foi muito tempo, muito tempo bem passado, outro mal. Foram muitos sorrisos e
gargalhadas que não me esqueci nem vou. Foram muitas conversas, muitos
conselhos, muitas memórias para recordar mais tarde quando for velho e me
sentar no alpendre revivendo o quão fogosa uma amizade pode ser, ignorando
barreiras como a idade e a distância. Foram muitas coisas que provavelmente
nessa altura me deixaram triste por te ter libertado. Mas hoje, independentemente
de tudo o que possa vir a sentir, sei que permanecer na tua vida teria sido um
erro. Teria sido errado reviver todas as discussões, imaturidades e brigas que passámos.
Atirares-me à cara cada erro que cometi mesmo depois de mo teres perdoado. Cada
certeza que o nosso lugar não era juntos. E não adianta pensarmos que mudaria,
que faríamos um esforço… Ambos sabemos que não aconteceria e é melhor assim, mesmo
que doa, mesmo que custe, mesmo que demore. E sim, tenho lido o que me
escreves. Não preciso ler o teu nome para reconhecer que és tu. Reconhecer-te-ia
em qualquer momento ou lugar, porque quando deixamos um amigo para trás, fica o
vazio. Um buraco escuro e confuso que jamais será tapado por outro alguém.
Amigos são insubstituíveis, no entanto não são de ferro, e as amizades que por
vezes parecem as mais fortes são as que estão vulneráveis a se perder primeiro
se não forem cuidadas. Não te desejo mal, pelo
contrário. Terei sempre um forte carinho por ti e uma boa lembrança. E agora
que estás livre, livre de mim e do nosso maldito elo, só espero que cresças,
que consigas por ti tudo o que sempre desejaste e que percebas que nada na vida
é certo e está nas nossas mãos esforçar-se a cada dia para o manter lá. É o que
tenho tentado fazer… Crescer.<br />
E só espero que um dia mais tarde entendas que,
ter-te deixado pode ter sido o meu maior erro mas foi o meu maior voto de amor
por ti. </div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com136tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-64872512471705632872013-02-07T20:48:00.001+00:002013-02-07T21:26:59.135+00:00No more springs<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNcYrecZnzIpkaC31AWtVPJRjqQZtVzIES2jz3SeI2xKroZuc4B4wRumPYJn2_PXA6vhDwk2O0jQ8ymAkuZININ66UjgsuzD1D9weyPiv-mi0O3hlD2PdQSdqi54yxHZiWDSSuIJ_0Sww/s1600/tumblr_marmzcHrpt1rqlzfxo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNcYrecZnzIpkaC31AWtVPJRjqQZtVzIES2jz3SeI2xKroZuc4B4wRumPYJn2_PXA6vhDwk2O0jQ8ymAkuZININ66UjgsuzD1D9weyPiv-mi0O3hlD2PdQSdqi54yxHZiWDSSuIJ_0Sww/s400/tumblr_marmzcHrpt1rqlzfxo1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não entendo porquê. Por
que abro as portas do meu peito tão facilmente àqueles que evidentemente me vão
magoar. Por que mesmo que o meu peito arda nas noites nostálgicas que olho para
quem fui e quem sou e analiso a quantidade de cicatrizes e marcas que o tempo e
a solidão dolorosa deixaram, continuo a cair nos mesmos erros. Naqueles
ingénuos erros que me deixam violado. Simplesmente usado por quem pega o que
pretende e me deixa ali, com os olhos brilhantes e turvos pelas lágrimas de
quem esperava – e merecia – mais. Dar cabeçadas na parede para mim nunca parece
ser suficiente. Tudo porque esta esperança, esta idiota esperança, crê ainda,
mesmo depois de todas as provas amargas da vida que poderá vir alguém que
mudará tudo… Pensam esses sínicos que me conhecem e me julgam que apenas sou
carente de amor. Talvez sim. Carente de esperar por tanto tempo alguém
verdadeiro com quem construir planos e sonhos. Alguém que me dê rumo e vida e
me faça ser mais do que um corpo apático sentado no chão, abraçado aos joelhos
com a cabeça perdida nas coisas que sempre escrevo quando me sinto desfalecer…
quando preciso desse tal alguém que me ouviria e apoiaria e percebo que ele não
está aqui. Que nunca esteve e que talvez nunca esteja. Motivos tolos para
chorar mas que me roubam o sono e os sonhos bonitos que ouço falar de boca em
boca daqueles que não valorizam a sorte que têm… Daqueles que erraram tanto ou
mais que eu e ainda assim conseguiram tudo o que eu mais precisava… Apenas um
bom motivo para me levantar da cama cada dia com um sorriso, com força
suficiente de encarar a vida e vontade de fazer algo por mim. Poderia fazê-lo
por mim, claro que podia… mas isso seria negar uma vida vazia de afetos. Seria
esconder de mim mesmo a triste realidade que me deparo a cada passo na rua… Não
há mais um lugar para mim neste mundo ou qualquer outro... As lágrimas fluem
sobre as folhas onde escrevo isto. Borratam as letras dolorosas que não quero
ler e apagam as palavras que me torturam. Respiro fundo e pouso o lápis
sentindo a injustiça da vida espalhar-se dentro de mim como um veneno. É triste
conhecer-me tão bem e saber que um dia, quando os meus amigos tiverem a vida
deles e não puderem despender horas do seu dia comigo somente restarei eu e a
solidão, aqui… neste mesmo canto, sem nada para me fazer sorrir.<o:p></o:p></div>
Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com91tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-64909933833242033302012-11-26T20:11:00.000+00:002012-11-26T20:27:37.081+00:00Diary of a broken heart<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXseV0z-D0X7jQRtHkzRwhHQKJ61I3gQUNX0QqHCxuMxE2Pigvb8DGKPcYUlnq0iQphAdsCwTXlNwgSZJF9jSWLX0L5OocajRF4wk_pcVJBD2jlPNMvPvEhmk4ud5FHltJabNImVZYG-Y/s1600/tumblr_m7vosn9cCa1ruvpjlo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXseV0z-D0X7jQRtHkzRwhHQKJ61I3gQUNX0QqHCxuMxE2Pigvb8DGKPcYUlnq0iQphAdsCwTXlNwgSZJF9jSWLX0L5OocajRF4wk_pcVJBD2jlPNMvPvEhmk4ud5FHltJabNImVZYG-Y/s400/tumblr_m7vosn9cCa1ruvpjlo1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormalCxSpFirst">
Queria que fosse
possível, nem que fosse por pouco tempo. Queria que não fosse tão difícil
acreditar que um dia haverá alguém para partilhar um gole do chocolate quente
que sempre preparo e bebo sozinho, para aquecer este vazio de afeto que mora
dentro de mim. Achei que fosses tu, quando chegaste naquela quarta-feira de
Maio. Acreditei que finalmente tinha chegado, quando menos esperava. Tentativas
em vão de achar a felicidade nos outros, conta-as o tempo, quando não tem que
fazer. Eu já desisti de me massacrar com as memórias das tantas vezes que
desejei dar certo. Tenho saudades da sensação natural de quando borboletas
dançavam dentro de mim. Tempos que o arco-íris não era cinzento e eu sorria,
ingénuo, sem saber que choraria em breve.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Doem-me as
pernas de correr, vezes sem conta, atrás dele – aquele amor que todos querem –
mas nunca está ao alcance de quem mais o deseja. A corações partidos, cheira
pela cidade fora quando nela passo, cabisbaixo e com as mãos nos bolsos, porque
aquele alguém que tanto espero, mais uma vez não apareceu para as aquecer.
Abraça-me o vento e o frio que me gretam a cara e me secam os olhos. Fecho-os e
tento não pensar no que não posso ter, mas viver sem amor é um castigo pior que
viver sem oxigénio quando se nasce para amar. Sou senhor dos sentimentos, mas
apenas dos que ninguém quer.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Penso no que
errei contigo e sinto-me revoltado. Dentro de mim alguém precisa gritar. Também
já foste imaturo em alguma altura da tua vida, suponho. E quem nunca deixou os
sentimentos falarem mais alto ingenuamente? Errar, todos erram e tolo é quem o
nega. Eu não o nego. Errei contigo e se fosse hoje não pensaria duas vezes eu
agir de modo diferente. Ter-te-ia respeitado, esperado aquele tempo que pedias,
avançando conforme a vida quisesse, e esperado que um dia fossemos um do outro.
Claro que não o fiz. Foi mais fácil ter-te tomado como meu, garantidamente o
meu maior erro. São palavras
fortes eu sei, daquelas que não gostas de ouvir, mas a vida é feita de coisas
que não queremos. Pudesse eu livrar-me de algumas também. Soltar estas âncoras
que me afundam a cada minuto. É contigo que falo sobre tudo, exceto este
maldito sentimento, que tu não compreendes nem aprovas. Este sentimento que,
tal como tu querias, nasceu e cresceu naturalmente com o tempo. Não serve de
nada dizeres que o esqueça. Sabes que não o farei. E sim, podem aparecer novas
pessoas, podem surgir novos amores. Talvez eu até case, mas nunca poderei negar
que foste aquele com quem eu quis casar, um dia, naturalmente, com esse tal
tempo.</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Sento-me mais
uma vez sozinho na varanda. A caneca de chocolate está aqui, fumegante. Balanço
os pés e sinto a liberdade enquanto olho o mundo e me pergunto, afinal o que
estou aqui fazer?</div>
</div>
Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com83tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-9210890697951194782012-11-11T15:34:00.000+00:002012-11-11T15:34:21.384+00:00Birds, wild birds.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/39212530/tumblr_maop4ofeuH1qmr009o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://data.whicdn.com/images/39212530/tumblr_maop4ofeuH1qmr009o1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst">
Abri a gaiola e
deixei-me voar… Fugir desta vida vazia de conforto e carinho. Há tanto que o
desejei…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Corri
velozmente para longe de tudo, com os pés descalços sobre a grama molhada. A
liberdade esperava-me lá à frente, selvagem, tirana e insaciável. Respirei
fundo e deixei que as fragrâncias do Outono dançassem dentro de mim. A vida que
eu tinha ficou para trás, furiosa e solitária, quando o crepúsculo pintava o
céu de tonalidade de azul e laranja, salpicado de estrelas brilhantes como jóias. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Horas de
mudança. Qual relógio as marca? Relojoeiro sou, e nenhum desses encontrei,
entre os tantos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Deixei que a
brisa me encaminhasse. Sei quem fui, percebi quem sou e descobri quem quero
ser. O mar de inseguranças ainda ali está… Não se seca um mar de um dia para o
outro. Mas eu, também ainda aqui estou, sentado na areia, enquanto o estudo e o
conheço. Enquanto estratego uma forma de o vencer. Antes fosse como as gaivotas
que por cima dele voam livres. Ouço-as chamar-me. Dentro dele, com os cabelos
molhados. Sereias mentirosas que falam verdades. Verdades duras, que muitas
vezes não mereci ouvir, mas que no entanto me fizeram crescer. Verdades que me
lavaram a cara de lágrimas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Convidam-me a
entrar, mar adentro. Querem companhia. Cantam e dançam entre as ondas,
sozinhas, enquanto as olho, com o olhar de quem sente pena. Pena de todas as
criaturas que têm de derrubar as outras, para se sentirem superiores. Pena
dessas criaturas traiçoeiras, que tantas vezes me tentaram destruir, e mesmo
quando o meu mundo desabava, me viram erguer e continuar. Batalhas são feitas
de vitórias e derrotas. Erro dos tolos que pensam cegamente que apenas vencem…
Erro de quem acredita nas mentiras das Sereias, que ainda ali estão e sempre
estarão, com os cabelos molhados, enquanto esperam ver-me desistir. Mal elas
sabem, que não desistirei… Porque é assim que sou... Um mero pássaro fora da
gaiola. <o:p></o:p></div>
Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com66tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-5210714436203505862012-09-30T00:41:00.001+01:002012-09-30T00:41:48.810+01:00The old piano and the melancholic pianist <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSs-IZjhGmB3U8IrSNIzzZYrzp2UgBcwHodmaP9EvVIL7A-Sgp-eW2ZDOOkbXDJDxGk25nWhLlhMXO1QnCkg7D5Jqjgv4Rr4BQq66mzP6AUYpwgwQiGUZG3PBaUVnTzig36pj3MwDNWNw/s1600/tumblr_lp9ibjVsiu1qjycago1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSs-IZjhGmB3U8IrSNIzzZYrzp2UgBcwHodmaP9EvVIL7A-Sgp-eW2ZDOOkbXDJDxGk25nWhLlhMXO1QnCkg7D5Jqjgv4Rr4BQq66mzP6AUYpwgwQiGUZG3PBaUVnTzig36pj3MwDNWNw/s400/tumblr_lp9ibjVsiu1qjycago1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst">
Memórias dum
passado triste, leva-as o vento com as folhas que o Outono salpica na paisagem onde
me perco, nos encontros e desencontros da vida, quando desenlaçamos as mãos e
escapamos um ao outro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Rostos manchados de lágrimas são vultos nos
espelhos para os quais não olho, porque não preciso olhar. Aprendi a acreditar
no que sou e em que sou, e então, a dor deixou de deslizar dentro de mim como um
rio. Secou com as lágrimas que caíram no velho e melancólico piano que já não
toca, baladas tristes, para os gatos dos telhados. Desfaço-me em notas e
torno-me a música que te invade e te faz dançar, como as libélulas durante a
noite, em redor das lâmpadas. Os teus cabelos acaricia-os a brisa que te bate
no rosto e te beija quando olhas o mar, que enrola os teus mistérios nas ondas
e os leva.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Penso em ti.
Penso em mim. Penso em nós. E então, os meus dedos deslizam sobre o velho
piano, para que não haja mais espaço para melancolia, entre as melodias de amor
que os gatos gostam de ouvir. Acredito no que além, onde a brisa dorme e os
mistérios que o mar devora se perdem, haja um futuro melhor, e que um dia, em
vez do vento levar as memórias triste com as folhas do vento, traga as felizes,
e que, da próxima vez que as lágrimas tocarem no velho piano, sejam lágrimas de
emoção. Lágrimas de quem, conseguiu aquilo que sempre quis e que, apesar de
tudo, triunfou na vida e foi feliz. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
<br /></div>
Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com90tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-24786692900153275132012-04-10T22:46:00.000+01:002012-05-12T11:37:47.670+01:00Ghosts Stamping<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/23425638/b5_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="286" src="http://data.whicdn.com/images/23425638/b5_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst">
Os fantasmas do
passado habitam no telhado. Calçam os sapatos apertados e dão corridas contra o
tempo; Pregam partidas, rasteiras, quando por eles passo e nada digo; Nada
sinto porque simplesmente não há nada para se contar à cerca dos dias cinzentos pacatos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Quando essa
melancolia primaveril se abafa e derrete com o sol, e por momentos esqueço toda
a minha essência fria que me asfixia o peito quando ouso pensar em amor; Quando
tento dar um passo maior que as pernas e sonho ser feliz. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Cheira a coração partido a almofada, de tantas noites que nela afoguei as lágrimas que rasgavam o meu rosto como cascatas e nela desenhavam paisagens tropicais, abatidas pela acidez da vida que se estende à minha volta e afasta aqueles que ingénuos se aproximam, com esperança em algo que também um dia tive mas hoje é nada mais que tantas feridas e marcas de um romance falhado quanto estrelas o céu tem, sempre que nele me perco, entre os sonhos e desejos que um dia fiz e vi perder entre os dedos, como a areia do deserto a escorrer entre as mãos ásperas de quem lutou para sobreviver. </div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Pudesse eu livrar-me destes vultos que me perseguem; Destes fantasmas dançantes que sapateiam no telhado quando desesperado só tento apagar-me do dia e mergulhar no vazio, onde não há espaço para sonhos nem pesadelos. Onde não cabem vozes nem imagens. Onde nada acontece, para que quando acordar na manhã seguinte, não saiba a desilusão na boca por ter acreditado que era verdade as mentiras e ilusões que me prendem, apático a tudo o resto; Que me desligam e me deixam frio para o mundo sem cor.</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Pudesse eu livrar-me não dos fantasmas, mas de tudo o resto; Para que pelo menos tivesse esperança que um passado mau podia florir na minha vida um ramo de margaridas nos meus cabelos e que o meu olhar se tornasse doce mel, pintado de ternura em que borboletas e abelhas tomariam o seu sabor, em beijos doces de quem sorri com o olhar; De quem olha para um mundo diferente e oposto daquele que vejo desmoronar sobre mim a cada dia.</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Eu somente queria um dia poder dizer que teria felicidade para dar e espalhar, assim como hoje tenho toda essa nublosa cinzenta de desilusões, amarguras e tristezas que não pagam dividas. </div>Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com75tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-85106231963576021402012-03-23T16:58:00.000+00:002012-05-12T11:43:15.860+01:00Confidences of a Heart<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/22035417/tumblr_lyk7bhJ4yW1qjuevro1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="270" src="http://data.whicdn.com/images/22035417/tumblr_lyk7bhJ4yW1qjuevro1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Na vida, a cada dia, chegam e partem pessoas que de certa forma acabam tendo um papel importante na nossa história. Com ela foi assim; Nos idos de Setembro, quando o sol se pintava de amarelo sobre o céu que sempre era cinza. Ela simplesmente chegou discreta na brisa da manhã, quando os meus olhos a ignoraram e a minha mente estava longe de poder adivinhar quantos sorrisos aquela rapariga de um metro e meio da túnica rosa me conseguiria roubar; Pudesse eu adivinhar. <br />
Eu era só o holofote apagado de uma vida de sonhos destruídos que ficava sentado na secretária com a solidão a meu lado; Ela era somente a aluna nova que puxou a cadeira livre naquela manhã de Outono onde um antissocial ficou cabisbaixo a olhar pelo canto do olho uma mera miúda assustada com o desconhecido; Achei-a anormal; Anormal ao ponto de se sentar ao meu lado, de não meter conversa durante dias, de simplesmente me conseguir ignorar ao seu lado tão bem, quanto eu a ignorava os outros vinte infelizes que estavam presos naquela sala sem saber para que o que iam e o que os esperava. Eu também não sabia; Não sabia que em Janeiro lhe chamaria amiga. Não sabia que iria lhe contar os meus segredos; Que lhe iria abrir o meu coração. Não sabia que iria lhe roubar gargalhadas; Hoje são vultos do passado na cidade despida… Fantasmas sentados no muro, quando ela ouvia os meus disparates; Quando ela me fazia rir sempre que as lágrimas me rasgavam o olhar. Quando ela simplesmente ficava em silêncio mas estava lá, sentada ao meu lado a fazer-me companhia. Quando simplesmente ela me ia buscar o almoço; Quando ficava a ver-me ignorá-la. Ela sempre estava lá, para quando eu caísse. Ela sempre estava lá para me ajudar a levantar do chão quando a falsidade pairava nos ventos da Primavera quente. Quando eramos um grupo; Quando eramos só eu e ela; Quando estávamos rodeados de gente e quando estávamos sozinhos; Nesses momentos todos, ela sempre teve lá com o seu coração para me dar, a cada dia mais um pouco da sua amizade e lealdade.<br />
E é por isso, que hoje ela seria a pessoa que mais agradeço; Por tudo isso.<br />
Porque em Janeiro de dois mil e dez eu lhe chamei amiga. Hoje eu lhe chamo de Melhor amiga e amanhã… amanhã com certeza eu vou continuar a chamar porque cometa eu os erros que cometer; Dê a vida as voltas que der, ela sempre estará lá, como sempre esteve, sendo a amiga que eu preciso.Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com116tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-33253609641580218682012-03-19T17:20:00.000+00:002012-05-12T11:42:46.185+01:00The hunter<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ5PK73GF0pjZjleMTpnxSTR7L4EF-VFhWP3GLbYKq50pYMDyoY9EtyRX4qXqsrRy8F-vjzxfqi6Uo7er4F6Ht7gk5cu4DccjiOxvz_UFCjQ_rQlJZTBrboVavTSVTVI_KFMhB0gO6PUY/s1600/tumblr_lqh6ayZt7F1qzl8o4o1_500_large+(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ5PK73GF0pjZjleMTpnxSTR7L4EF-VFhWP3GLbYKq50pYMDyoY9EtyRX4qXqsrRy8F-vjzxfqi6Uo7er4F6Ht7gk5cu4DccjiOxvz_UFCjQ_rQlJZTBrboVavTSVTVI_KFMhB0gO6PUY/s400/tumblr_lqh6ayZt7F1qzl8o4o1_500_large+(1).jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst">
Corre dentro de
mim o reboliço, entrelaçando-se nas minhas veias frágeis de quem está cansado
do mesmo pôr-do-sol apagado sentado sozinho, ou quando muito acompanhado pela
solidão no alpendre onde o verão rebenta nos idos de Março e me derrete o gelo
que o passado acumulou no meu peito. Castelos se erguem como muralhas à minha volta, na neve que nunca derrete.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Novamente encontro
o amargo sabor do limão na boca; Vidas amarguradas sem açúcar parecem pintar os
céus dos meus dias quando impotente luto do telhado contra as nuvens cinzentas
que me roubam às dentadas as coisas doces e felizes perdidas nas linhas dos tempo, onde os
pássaros fazem ninhos no começo da Primavera gélida que se estende, quando por ela passo cabisbaixo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
As palavras
banhadas a amargo fluem da minha boca involuntariamente atravessando o peito de
quem não tem culpa como espadas afiadas, famintas por devorar uma dentada ao mínimo
golpe fatal. Alvos fáceis surgem ao virar da esquina, de defesa baixa com a
amizade que sentem por mim reluzente no brilho dos olhares vivos que em nada se
parecem com os olhos de quem os vê. Não faço por mal; As coisas ficam ditas
naturalmente, como se alguém me forçasse a dizê-las; Todas aquelas verdades
nuas e cruas e todas aquelas mentiras duras e secas de se ouvir que só um tolo
diria a alguém que lhe dera um espacinho no coração sem nada em troca.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Defeitos
entrelaçam-se nos meus cabelos; caem-me sobre os olhos impedindo-me ver as
coisas boas de mim; Tiro as roupas felizes em frente ao espelho e desconheço
quem sou; Estranho reflexo de um corpo vazio, preso nos olhares tristes de quem
viu Fevereiro partir com as memórias melancólicas que deixaram meras marcas
profundas; puras feridas em sangue no meu peito aberto com que tantos brincaram
e deixaram, caído num canto qualquer como um brinquedo velho, para que os
bichos o comecem nas sombras da noite, quando os olhos se fecham e as mentes se
perdem nos sonhos quase reais que enganam aqueles que por segundos pensaram
estar perto da felicidade, onde as crianças correriam descalças na rua e o
silêncio se abafariam com os segredos do vento;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Palavras meigas tornam-se o isco, que as presas mordem quando armado me preparo para atacar violentamente o que pode haver de sobras de uma felicidade passageira na vida dos outros. Um caçador de sonhos; No fundo o portador da inveja; Aquele que não suporta ver os outros felizes quando nada sobra para roubar um sorriso nos momentos nostálgicos das manhãs de sol empoeirado que se passam a observar e desejar as gargalhadas dos demais, que nada têm além dessa maldita paz interior que tanto anseio descobrir, algures dentro de mim, num suspiro escapado. </div>Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com66tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-7006267505349845782012-03-13T12:15:00.000+00:002012-03-19T17:25:13.456+00:00Nobody said it was easy<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUcaQlRi_VnWuD03b3_y6xJoGL_xiYRamyP3XfeoLWmruCvdXhjjA10s_GrzmRXhNjp6XJmJTdzEgYicNO1SqFaeGLIhoTLqwpDPOLlBviQ2AU26olHZ0xCbtG7cIBZ2T36HovZmF8Uls/s1600/Capturar.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="272" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUcaQlRi_VnWuD03b3_y6xJoGL_xiYRamyP3XfeoLWmruCvdXhjjA10s_GrzmRXhNjp6XJmJTdzEgYicNO1SqFaeGLIhoTLqwpDPOLlBviQ2AU26olHZ0xCbtG7cIBZ2T36HovZmF8Uls/s400/Capturar.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Caí, como uma
pena sem gravidade aos pés do mundo cruel; Aos pés dos muitos que não
perguntaram sequer o meu nome antes de apontar um dedo, acusar um defeito ou
criticar um aspeto. Essas pessoas que me moldaram como me queriam ver, que me
trataram como um pedaço de barro que se brinca e manda fora, que tomaram a
minha tristeza como pequeno-almoço. Essas ditas pessoas, sem coração que me
tornaram frustrado e frio, que me cavaram um buraco no peito e me enterraram
vivo nele, quando a voz queria gritar pela igualdade e o respeito no mundo;
Quando isso acabou esquecido como os peixes que se comem uns aos outros em rituais de canibalismo naturais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
As vidas de
ambos continuaram, pelo menos literalmente; A minha também. Diferente do que
tinha desejado, oposta ao que teria escolhido. Rica em preconceitos que me
esmagam as pernas, sempre que um novo passo em direção à felicidade, sempre que
o olhar se enche de força e o coração de esperança, sempre que os pulmões
respiram fundo o ar pesado que paira sobre mim; Ar de quem foi condenado. Condenado a
isso; A erguer a cabeça e continuar, quando o vento traz comentários infelizes
que finjo nunca ouvir; Quando os olhos encontram as gargalhadas de quem
estupidamente ri das diferenças sociais que pintam a cidade de cores e formas, de riquezas vivas. Das pequenas coisas que fazem cada um ser especial, no bom ou no mau sentido.</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Custa tanto
levantar-se do chão, quando o sangue pinga dos joelhos quebrados; do coração
espezinhado. Custa tanto encontrar as réstias de força que moram dentro de nós,
quando o interior negro e dorido parece uma aldeia apagada na neve do Inverno;
É o quanto custa, o equivalente daqui à lua duma noite em que a escuridão toca
os lábios e os pinta de roxo venenoso que me intoxica as veias e me polpita o
sangue fortemente pelos braços que nunca se erguem e nunca se defendem, pois
tudo o que vem passa por cima e já não dói, pelo menos tanto, quando os
episódios se repetem sucessivas vezes, seguidos uns aos outros na esperança de
me abalar e me ver, mais uma vez, de rosto ao chão. Mas isso... isso já não dói,
porque cresci com isso e hoje, são meras coisas vulgares que fazem parte de ser quem sou, porque pouco me importa o que pensam de mim aqueles que em nada são superiores
a mim, exceto no que toca ao respeito, educação e claro na aceitação das diferenças de cada um. </div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Esqueceriam-se eles que no fundo, todos são diferentes mas todos são iguais.</div>Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com36tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-23899726834944397902012-03-09T17:32:00.000+00:002012-03-19T17:25:04.881+00:00Find Your Freedom<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/21282840/mf_410270657_92dd4c4cac28d96982134bed7caed57d_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://data.whicdn.com/images/21282840/mf_410270657_92dd4c4cac28d96982134bed7caed57d_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst">
Deu-se o nó na
garganta depois de o ver, a ele. Tão doce e frágil, desfeito em lágrimas. Os
olhos castanhos dissolvidos na textura espessa das lágrimas que escorriam a fio,
queixo abaixo, abrindo feridas no seu rosto tão imperfeito e tão humano. Doí-a
só de o ver, preso no reflexo do espelho e em toda aquela melancolia de quem
tinha acreditado que começar uma nova vida cheia de coisas boas era algo além
de possível, bastante fácil. A desilusão batera-lhe à porta mais uma vez. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
As mãos trémulas, cuidara-as o tempo que as
limpa das marcas de quem lutou pela sua liberdade, e mesmo assim perdeu a vida
na guerra, metaforicamente dito. Não há espaço
para mais trofeus miseráveis no armário. A vida enche-se de vitórias sem
sentido que não servem para nada e no fundo, o vazio habita sempre no fundo da
rua, à espera do momento certo para invadir o meu interior e levar o que resta
dum pouco cativante dia-a-dia chato e pacato, onde o cinzento se alastra no céu
cobrindo num manto as cores e as luzes que se apagam quando passo, para não
ver, o quão bonita é, aos olhos dos outros, as meras coisas vulgares e
desinteressantes que me sufocam quando a vontade de correr sem parar, para onde
as pernas me conseguirem levar atrás do vento e dos pássaros, se senta à mesa,
batendo levemente as unhas no tampo de madeira, impaciente.</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Liberdade, eu
queria tê-la. O diamante rosa que todos queriam mas só os valentes conquistam,
quando escolhem deixar para trás o estupido armário de coisas inúteis e sem
olhar para trás, galopam velozmente em direção ao sol, em busca de mais luz nas
suas vidas e quem sabe, de dias mais bonitos, onde a desconhecida felicidade rompe
os cantos da boca geralmente serrada, numa linha arqueada para baixo, molestada
de sorrisos e gargalhas que aos meus ouvidos, soam como pássaros a chilrear no
auge da Primavera que chega, de malas feitas para ficar quando um reflexo
triste se perde no espelho e se apaga na mente que um dia desejou voar nas
brisas de Março. <o:p></o:p></div>Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-49066120606862892302012-02-26T17:57:00.000+00:002012-03-19T17:24:59.146+00:00No more Time<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie0d5pQXNVzdOJkMvQRM1HEs_gOWZGal8-YfBwFZ9l9joH4IG168zfQoc4vI80wRGUaxSTOYvj0bSB59F41kBcJo6yhjB1GrUSU8X3rc71rca0aMY-Wm8ME5LRFHJSSS7maskazEHOEnc/s1600/tumblr_lxng3yRKC01qbt675o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie0d5pQXNVzdOJkMvQRM1HEs_gOWZGal8-YfBwFZ9l9joH4IG168zfQoc4vI80wRGUaxSTOYvj0bSB59F41kBcJo6yhjB1GrUSU8X3rc71rca0aMY-Wm8ME5LRFHJSSS7maskazEHOEnc/s400/tumblr_lxng3yRKC01qbt675o1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst">
Queria ser
grande e gritar por cima de todos, que podia engolir o universo numa dentada e
afundar a mágoa do silêncio no olhar de cada um, assim como todos fazem em mim;
Ardem os olhos quando choro, como garras que arranham a visão desfocada da
realidade quando o Inverno se dissolve na paisagem. Horas passam a fio, na
mesma agonia de Fevereiro. A incompreensão saiu à rua pintada de turquesa e
todos se perderam nos seus cabelos enquanto os pássaros chegam a meio da
Primavera que rebenta aos meus olhos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Gargalhadas
afastam os bichos necrófagos de comerem o que resta de mim quando todos se
limitam a ignorar o que dentro de mim não pára de bater, impulsivamente;
descontroladamente. Álcool sobre as
feridas em sangue parece cócegas, quando comparado à dor de um coração
despedaçado; Eu bem que sei disso, mas mesmo assim, as quantas vezes não chegam
para adormecer a desconfortável e insatisfeita esperança de sentir um calafrio
nos dedos; Quem mos fará sentir, depois do nascer de um beijo verdadeiro?</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Vontade não
falta, de me atirar ao chão e rasgar as cortinas que escondem os meus pontos
fortes. Ser fraco às vezes poderia ser uma sorte, quando o coração polpita
dorido e mesmo assim não desiste de amar os pássaros que fazem ninhos nos meus
bolsos sem fundo onde se espalham e se perdem tantos sentimentos vividos e esquecidos,
quantas estrelas os céus românticos de verão têm. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Pessoas que entram na minha vida, que julgam, que encantam, que mentem, que enganam e no fim partem, quando as malas da roupa parecia ser parte da decoração habitual e desajeitada; Essas pessoas, que no fundo eu odeio, por não puder novamente rir e saltar, quando se encontra no rio um pedaço duma memória feliz em conjunto, dos tempos que as coisas pareciam ser boas, sérias e verdadeiras e se revelaram nada mais que umas noites de angustia mal dormidas, umas lágrimas caídas e uns suspiros levados, sabe o vento para onde. </div>Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com33tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-21084265699356119322012-02-14T15:30:00.000+00:002012-03-19T17:24:52.849+00:00Wanna Be my Valentine?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBqbKKfF8hEbKW0fY6PMHwX_3c9XWMM9sAnbkS-UYP8DpSBMCLkwkxehQIC8nDoFQb_tmEAWeaZeoS1ro-k9MyKofiWNxSdFkpzNZSIHJcbxS4oBDv1-IqZDbBoCKhsNljUam0tc82EUg/s1600/tumblr_lv8o15xm4Q1qmp512o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBqbKKfF8hEbKW0fY6PMHwX_3c9XWMM9sAnbkS-UYP8DpSBMCLkwkxehQIC8nDoFQb_tmEAWeaZeoS1ro-k9MyKofiWNxSdFkpzNZSIHJcbxS4oBDv1-IqZDbBoCKhsNljUam0tc82EUg/s400/tumblr_lv8o15xm4Q1qmp512o1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst">
Corre na rua
despida a brisa quente de Fevereiro quando a cidade se pinta de escarlate onde
procuro, entre as réstias de esperanças a pessoa que não conheço mas que anseio
encontrar ao virar da esquina numa troca de olhares cúmplices que me iriam
fazer sentir completo. Sabe-me a inveja na boca sempre que no meu sentido se
cruzam vultos apaixonados, embevecidos em felicidade e amor, quando em mim,
nada sobra além da amarga melancolia da solidão que eternamente mora sobre mim
enquanto leva-as o vento, as flores murchas de cima das campas dos amores falecidos
e das relações passadas que tantas marcas deixaram das quantas vezes que dei
por mim afogado na tristeza que os peixes mordiscam quando fecho os olhos para
não derramar mais lágrimas, sempre que sinto falta de um beijo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Rapaz de sonho,
onde estás? Escondido na névoa da noite à minha procura, às cegas assim como eu, sem saber por que nome gritar quando bate forte o desejo do calor da tua respiração na minha pele para acalmar as ondas da tempestade, nas manhãs de sol apagado em que não me apetece sair da cama e encontrar à minha volta a explosão de cores, a tal guerra de sentimentos, que me exclui bruscamente e me deixa de fora, tocado pela dor e pela falta de não poder dar a alguém o melhor de mim sendo livremente, sem pensar duas vezes na quantidade de riscos que pode haver, quando alguém decide se apaixonar pela pessoa errada. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
<o:p> Estende-se a estrada companheira, que a lado nenhum leva. Caminhas continuas em rumo a nada, porque essa ausência do toque doce de chocolate nos meus dias leva-me a questionar a chuva sobre o sentido de tudo isso que me deixa confuso sobre se realmente, algum dia o sol brilhará para mim.</o:p></div>Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-29143491431645799332012-02-06T12:26:00.000+00:002012-03-19T17:24:44.230+00:00Sweet tiredness of February<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxiU0-OPbUYtbRCt3E703uJExQayK5_YmEoIFcXr74hCByivicA1fCMh_PwANgpc7xJgIVI6Yj5X5-eOkL4BPUNBzeCZG1jufq4AetCXnqbl0RIHLTkHWykVQuwh6VuRLdjh0rd1uehxU/s1600/tumblr_lyts99Ci3K1roh4dro1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxiU0-OPbUYtbRCt3E703uJExQayK5_YmEoIFcXr74hCByivicA1fCMh_PwANgpc7xJgIVI6Yj5X5-eOkL4BPUNBzeCZG1jufq4AetCXnqbl0RIHLTkHWykVQuwh6VuRLdjh0rd1uehxU/s400/tumblr_lyts99Ci3K1roh4dro1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Cansaço; Cansaço
de ser perseguido pela sombra quando preciso ficar só, nas horas infelizes do
dia em que o tempo parece não passar. Os ponteiros do relógio parecem imóveis,
adormecidos num transe de medo de avançar e descobrir o que a cada um reserva;
Possivelmente a mim, mais uma dezena de corações partidos pela falta da
capacidade de não acreditar no amor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Ingenuidade
parece ser a minha cor predilecta e a mais abundante na minha vida entre as
manchas cinzentas das lágrimas de Fevereiro que o vento levou, para o mesmo sítio que as tantas coisas boas que perdi.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Mistérios que
se dividem e se espalham entre os rebentos da primavera, quando os meus olhos
ignoram os mais belos pormenores da vida que podiam fazer a mais humilde e
simples pessoa feliz, e a mim, nada me trazem além de uma agonia de solidão
profunda. Ingrato, talvez, mas somente se valoriza uma coisa quando se perde, e
assim aconteceu à minha paz interior e felicidade ligeira, que me fazia correr
e sorrir livremente como as andorinhas de Maio nos telhados, sem pensar e me
preocupar com nada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Hoje, não é
mais assim. Um universo de coisas estranhas que de todo percebo, estende-se a
mim como as ondas do mar que me devoram, engolindo-me nos seus dilemas que
tanto tento fugir. A vida corre a meu lado na cidade vazia. O mundo toma-me
seu, uma peça de tabuleiro, para um jogo, onde cada um espera alagar o outro
para poder ganhar, no final de contas a mesma coisa; um vazio, porque as
andorinhas nunca estão para sempre, em cima do mesmo telhado. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Cansaço; Cansaço que me persegue, quando procuro um pouco de paz e sossego, na noite gélida que sopra o vento contra a janela. Sinto-me farto. Completamente farto desse castigo, de ser masoquista e acreditar facilmente que o amor pode chegar a qualquer momento e mudar tudo, quando ele somente virá esfaquear o primeiro que se render ao seu encanto e colocar por momentos a dor de lado. </div>Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-58541841362661795942012-01-30T21:45:00.000+00:002012-03-19T17:24:36.391+00:00Almost thinking about death<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/20642326/381325_10150409660538085_153524713084_8582904_149150933_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="318" src="http://data.whicdn.com/images/20642326/381325_10150409660538085_153524713084_8582904_149150933_n_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst">
Perdi-lhe a
conta. A conta das vezes que me encontrei aqui, com a cabeça debruçada nos
joelhos à espera de um abraço invisível que sabe a nada. Estilhaços parecem
espanta-espíritos nos meus ouvidos. Som de um coração desfeito em meros pedaços
afiados, capazes de atravessar o meu peito e me afundar nesta agonia. Sabe
alguém, as vezes que desejei arrancar essa máquina produtora de dor, que só a
mim me traz motivos para as lágrimas se encontrarem com os pensamentos
melancólicos do passado. Arrancá-la com as próprias mãos, na carne crua e viva;
Certamente a dor seria menor que esta que neste momento me estrangula.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Minutos de
felicidade, horas de mágoa que fica para tirar o sono quando o pobre corpo só
deseja dormir e esquecer a miserável vida que existe à sua volta, vazia de
motivos para sorrir; vazia de coisas boas. Dor que me arranha a pele e me
esfola a cara; não se cansa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Queria uma
coisa, quando as nuvens cobrem a lua e as estrelas e tudo parece sem sentido.
Quando penso que nada me resta e nada me sobra além disto. Sempre que me
refugio no valor das palavras e descubro que não sou ninguém. Queria uma coisa;
só uma, em tantas que desejei sem pensar. Tocar-lhe os
lábios, sentir-lhe o sopro. Tomar meus os seus beijos desajeitados onde a
paixão transborda. Sentir que para mim pode haver mais do que anos ricos em
tristezas que lavam o rosto. Oceanos de lágrimas salgadas que dão de beber à
dor sedenta que parece não ter fim. Queria uma só coisa; </div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Entrelaçar os seus dedos nos meus, montados como um puzzle, quando os seus olhos me sussurram as verdades mais doces que as abelhas não provaram. Achar a sua voz na minha mente, com imagens quentes do que certamente seria o que para mim, jamais teria preço algum. O seu cheiro na minha pele, meigo e vivo em mim, como nas mensagens que se esquecem. </div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Queria desejar uma só coisa; Ser feliz, ou então,
que tudo acabe agora para não doer mais. </div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
<o:p></o:p></div>Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-23507982071497869242012-01-29T13:43:00.000+00:002012-03-19T17:24:25.424+00:00A Rush of Blood To The Head<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/21860003/381568_332271516792429_323527314333516_1245795_1664363812_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="http://data.whicdn.com/images/21860003/381568_332271516792429_323527314333516_1245795_1664363812_n_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst">
Esperança que
vens e vais; Esperança que vieste para ficar. Acorda-me, quando Janeiro prepara
as malas para partir, e do gelo rebentam flores, como salpicos de cor abafados
na paisagem. Faz-me sonhar, novamente. Sinto o sangue nos dedos, por momentos
estou vivo de novo. O guerreiro abre os olhos encontra-se pronto para mais uma guerra, onde a vida pode ser um preço justo a pagar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Cabelos
balançam ao vento, sobre o sol. Sorrisos abafados se perdem entre olhares
apaixonados que ficam, sabem eles onde, nas páginas felizes da vida de alguém.
Queria contar-te sobre o mundo que se estende no além, no ocultismo da vida que os olhos não captam mas o coração sente, muitas vezes, impulsivamente, quando somente a dor bate à porta, com desejo de ficar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Quando os
pássaros voltam a cantar e a primavera dança à minha volta. Eu sinto borboletas
na barriga.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Ventos que
trazem, as fragrâncias de amor que me beijam o rosto. Explode em meu redor a
paleta de cores invejáveis, como tudo fizesse sentido; Eu voltei a acreditar nos sentimentos que se perdem e se encontram, vezes sem conta nas ruas direitas do tempo que não espera.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Queria
contar-te sobre o mundo. Quando as folhas das árvores surgem do vazio, e tudo
volta a estar completo. Eu sinto a tua falta. Ventos que levam as lembranças
tristes de um Inverno despido e de um coração mal tratado que desesperadamente bate, arremessando com vitalidade sangue sobre as fracas veias com vontade de
viver. O cinzento se esquece por agora. Sonhos renascem das cinzas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Pólen no ar. Os
vultos de felicidade passam por mim. Havia me esquecido desse sentimento. Da
sua força. Da sua maneira sedutora de chegar sem avisar quando menos se espera,
entre os prédios negros de um mundo desabitado por todas estas coisas
maravilhosas que me fazem sentir quente. Torna-se fácil respirar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Esperança que
vens e vais; Esperança que vieste para ficar. Mas por quanto tempo? <o:p></o:p></div>Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-76457305344752421392012-01-21T02:05:00.000+00:002012-03-19T17:24:16.716+00:00Honest Eyes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="http://data.whicdn.com/images/21113924/tumblr_lxsyoszpSa1qmwbovo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="281" src="http://data.whicdn.com/images/21113924/tumblr_lxsyoszpSa1qmwbovo1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Olhos
verdadeiros, que falam mentiras e me enganam à descarada, enquanto me perco nas
palavras tortas repletas de armadilhas onde coelhos fazem tocas que me
transportam para um lugar imaginário onde a dor é real. Olhos sinceros, doce
olhar amarelado, apagado. Olhar de quem mente e quem teme; de quem não sabe o
que procura e encontra o que não quer. Perco-me entre as árvores de fingimentos
onde os pássaros são meras ilusões sonoras que me encantam. Sinto-os voar mas
não sei onde.<o:p></o:p></div>
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Doce lugar
humedecido pela escuridão onde o negro toma conta da paleta de cores numa
escala de cinza. As roseiras são pintadas de preto. As cores ficam apagadas,
dispersas no céu sem cor, como um véu escurecido, sem vida e sem sonhos, onde
os pássaros pairam.<o:p></o:p></div>
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Descubro saídas,
descubro caminhos; Mas não quero. Não quero mais voltar a sentir a beleza de um
mundo colorido e tão falso, para depois a ampulheta se virar e eu regressar,
puxado pelas pernas a ser trazido pelo tempo para dentro desse mundo descolorido
onde sempre neva e faz frio, e a dureza da vida estará vinte e quatro horas por
dia a ser esfregada no rosto, como chapadas de aprendizagem que duram até ao
ultimo folgo de ar pesado e escasso. Pelo menos, sem dúvida, não se vive uma vida de ilusões neste lugar.<o:p></o:p></div>
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Escaravelhos desenterram os esqueletos de cada um. Esqueletos do passado que por algum motivo insistem em permanecer a amedrontar e perturbar aqueles que ousam desafiar as regras e tentar a loucura de ser feliz sem ter capacidades e condições para tal. Aqueles que ousam tomar o suicídio como caminho sem placa.</div>
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Mas eu fico; Fico para assistir e contemplar, o céu descolorido e os escaravelhos, visto que a solução está em não ser louco e conformar-se. Conformar-se na beleza e na riqueza de cores que pode ter uma vida a preto e branco.</div>Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-44696769222027328232012-01-18T17:09:00.000+00:002012-03-19T17:24:09.595+00:00Believing in fairy tales<br />
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<a href="http://data.whicdn.com/images/17350529/tumblr_lub121kIWH1qhlzeao1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://data.whicdn.com/images/17350529/tumblr_lub121kIWH1qhlzeao1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Assoprei a
poeira duma vida escondida. Segurei-lhe a capa grossa, espessa, pesada. Tão
velha e esgotada que libertou dentro de mim o cuidado de tocar curiosamente
cada saliência da sua forma. Respirei o pó.
Doce, misterioso. Cheira a magia no ar; Cheira a histórias de encantar, a
contos de princesas. Encanto-me e desencanto-me em cada letra de talha dourada, que tão sinceras e irreais se mostram.</div>
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Percorri cada
folha; Verdades se descobrem. Casais saltam de entre as linhas de amores
proibidos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Galgam entre as
palavras duram, de mãos dadas, sem medos. Liberdade de andorinhas em plena
Primavera. Despreocupação e felicidade tornam-se parte deles. Doces,
envolventes. Como borboletas a bailar. Descalços sobre a relva e as pedras do riacho
que corre até onde os meus pés de afundam no desejo de viver um romance assim.
De quem sabe, ser um capitulo do velho livro de memórias felizes onde casais
gravaram os seus votos de amor eternos, que ainda tocam as almas mais sensíveis
como a minha. <o:p></o:p></div>
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Sinto as suas
risadas calorosas; Sinto os seus olhos brilharem. O doce silêncio dos cantinhos
da boca.<o:p></o:p></div>
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Perfume de alfazema
dispersa-se no ar. Cerejas caiem sobre os seus pés. Rosas azuis em botão crescem nos seus cabelos. Parecem intocáveis; Parte um do outro que dá o sentido às suas imortais vidas de fantasmas felizes que habitam nos livros de amor. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
Beijos são dados como presentes, em momentos improváveis, quando o sol ou as estrelas se distraem. É como se não houvesse mal algum. Como se, tudo fosse meramente, claro e simples como a água onde cavalos marinhos se envolvem nas valsas de amor coreografadas pela vida dos amantes secretos que pelo amor lutaram e venceram, para contar as histórias que a velha capa grossa e engelhada esconde. </div>
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Descubro-me a mim, no cimo duma macieira. Segurando a maçã; vermelha; suculenta. A fruta do pecado; a tentação. O que resta a um pobre solitário sem ninguém com quem escrever uma bonita história de amor, para poder correr descalço sem preocupações, com os cabelos ao vento, sobre os campos de trigo enquanto lá longe, o sol se põe para uma vida feliz, rica em sorrisos e gargalhadas que eternamente viveriam na mente de alguém como ecos das corridas de tantos casais felizes sobre as cerejeiras em flor.</div>
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<br /></div>Andréhttp://www.blogger.com/profile/11181476572011694710noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3777140298938076004.post-17157954690597176812012-01-16T16:35:00.000+00:002012-03-19T17:23:59.830+00:00Warning sign<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/20776962/tumblr_lvhoh7XLwG1qjri7so1_r1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://data.whicdn.com/images/20776962/tumblr_lvhoh7XLwG1qjri7so1_r1_500_large.jpg" width="400" /></a></div>
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Parece haver
coisas que nunca mudam, sendo uma delas esta maldita solidão que me faz
companhia nas tardes de inverno, quando o chá de canela fuma da pequena chávena
a meu lado, desenhado memórias aqui e ali, como pedaços dos tantos livros de
fantasia que de mim nasceram e morreram prematuramente, quando a vida se
revelou tão amarga e fria quanto a neve branca quando o sol rebenta para ficar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle">
E essa mania,
quase dependência, que me faz apaixonar na curta troca de olhares no virar da esquina.<o:p></o:p></div>
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Será que este
maldito coração não se cansa? Quanto tempo levará ele a tirar uma lição
minimamente importante de todas as negativas experiências que o pôr-do-sol não
leva, para o grande horizonte que se estende aos meus pés como uma passadeira
viva, ansiosa por me devorar em três dentadas. Fazer dos meus dedos algas que balançam na maré que esvazia as almas felizes; Fazer dos meus olhos peixes que se alimentam das coisas que sonham mas nunca terão; Do meu peito, pedra, que se afunda no oceano, afogando os instáveis sentimentos que me insistem prender aos barcos sem mastro que remam à deriva na minha mente quando o sol rompe a cada manhã no porto assombrado pelo desejo de aventuras e pela nostalgia do passado. <o:p></o:p></div>
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Polvilho de
alguns suspiros a minha vida. Lamentar nunca foi grande solução mas por vezes,
parece a mais acertada. Os cabelos leva-os
o vento, para longe do amanhã. Para o além de onde me chamam, doces sereias que
me encantam, nas palavras salgadas que o mar engole e rebenta nas ondas,
despindo a areia. Dialectos que o destino fala quando se dá a conhecer no
caminho da passagem do passado.</div>
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Piratas me invadem e me saqueiam, o que resta do meu tesouro; o coração. Atentados fazem-me cambalear, fazem-me cair. É nas horas de orações que o naufrago desesperado renasce dentro de mim. Perdido algures, sem saber onde, em busca de alguém que como ele, esteja igualmente desesperado em encontrar o caminho certo para casa. Largo Azul que intimida o sono que desaparece entre as ondas, quando a noite cai, e o brilho silencioso da escuridão desconhecida se torna novamente o cenário de eleição predilecto.</div>
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As veias palpitam sobre a pele. Se tivessem dentes, rasgaria-na ferozmente como lobos famintos. Sinto o medo à deriva. O vento empurra as navegações para onde lhe convém, como peças de um jogo de tabuleiro, onde certamente, sempre haverá um misto de potes de lágrimas e baús de angústias há espera de ancorar aqui, algures na minha vida que vai, consoante a maré, para onde os peixes quiserem.</div>
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